O Furadouro tem sido motivo de vários processos de reflexão, intervenção e mesmo de discussão política generalizada no poder local e Nacional.
Por um lado há questões muito antigas, é certo, mas que requerem intervenção de fundo, como seja o desorganizado plano urbanístico, responsável, por exemplo, pelas diversas bolsas de cheias que afetam a povoação em diversos locais. Ou o caos de definição e marcação de lugares de estacionamento, permitindo alguma anarquia, sobretudo aos fins de semana e no período balnear.
A rede elétrica, da responsabilidade da e-redes, está incapaz, desatualizada, e sem intervenção. Carece de um plano de intervenção e outro de manutenção.
Criar condições aos empreendedores locais, sobretudo da área da restauração para que haja uma oferta mais frequente de serviços, criando uma zona de lazer e recreio na marginal do Furadouro, que contribua para assegurar alternativa à falta de areia na frente, permita aos utentes a frequência de praia mais a sul e a norte, mas mantenha esta zona viva e frequentada. Certamente um plano de incentivos.
A erosão Costeira. A pressão sobre as entidades nacionais, responsáveis e titulares, para que sejam aplicadas as medidas necessárias a minorar o problema.
É certo que a erosão costeira resulta de um conjunto de fatores de maior escala; as barragens do Douro que retêm sedimentos, as intervenções do porto de Leixões e do Porto de Aveiro, etc.
Mas também e sobretudo, a natureza a reclamar o que é seu.
Provavelmente não voltaremos a ter lençóis de areia frente a Avenida principal, mas pelo menos salvaguardar as habitações nos principais momentos de intempérie.